sábado, 17 de outubro de 2009

"Rito de Passagem" em Maringá

Depois de algum tempo sem dar as caras em Maringá, o circuito Palco Giratório volta aos palcos da cidade com o espetáculo “Rito de Passagem”, da Índios.Com Cia. de Dança, que vem lá do Amazonas para mostrar o seu trabalho.

O espetáculo será na segunda-feira (dia 19/10), às 20h30, no Teatro Reviver. É de graça, mas tem censura 14 anos. Este é o primeiro Palco deste ano e, se tudo der certo, ainda teremos mais um, mas não é exagero dizer que a continuidade deste projeto em Maringá depende muito do público destas duas edições, pois o Sesc local está cansado de ver os teatros vazios. Bóra comparecer!!!




O ESPETÁCULO

Apresentado numa linguagem universal, o espetáculo propõe trabalhar com uma questão regional. Fala sobre os mundos transformados da mulher indígena e, ao mesmo tempo, de todas as mulheres, pois independentemente da cor da pele, elas vivem suas mutações, cada uma no seu próprio e único tempo, umas mais lentas, outras mais rápidas, porém imersas num processo rico para observações do corpo e da mente feminina.

O Trabalho é contextualizado a partir de referências bibliográficas sobre a mulher indígena e idealizado com o uso de recursos técnicos que propiciaram a exploração da relação Espaço-Tempo do corpo que dança, provenientes da dança vertical e das novas tecnologias.

O GRUPO

A Índios.Com Cia de Dança foi criada a partir da Cia de Dança Crya, fundada em 1997, dirigida e composta pelas bailarinas-corégrafas Cristina Moraes e Yara Costa. Em junho de 2000, passou a ser dirigida apenas por Yara Costa, passando a ser denominada Índios.com Cia de Dança.

Dentro da linha de pesquisa desta Companhia, a dança aérea executada com o suporte de técnicas esportivas verticais (rapel, tiroleza, escalada) e técnica circense (tecido), é um dos principais focos de atenção. Este estudo iniciou em 2001, com apresentações solo de Yara Costa, formou mais de 20 pessoas em rapel e atualmente conta com a participação de mais 4 bailarinos e 4 técnicos de esportes verticais.

A Índios.com Cia de Dança pretende expressar-se na dança através da investigação do movimento contemporâneo, através de sua busca de identidade coreográfica e artística, procurando ainda anular preconceitos, promovendo e estimulando a liberdade de direção e atuação dentro do Grupo.

Após a apresentação será aberto espaço para uma conversa informal, um bate-papo Platéia/Grupo sobre o espetáculo e seu processo de construção ou outras necessidades de conhecimento da platéia, visando complementar a leitura do espectador sobre o referido espetáculo.

Das salas de aula para os palcos

Está acontecendo em Maringá a primeira edição do Festival de Teatro do Estudante. Escolas municipais, estaduais e particulares inscreveram espetáculos que estão surpreendendo pela qualidade e criatividade.

Já passaram pelo palco do Teatro Barracão as seguintes escolas/espetáculos: Colégio Estadual Marco Antonio Pimenta, com "Faz de conta que acontece" na categoria Ensino Médio; Colégio Marista com "Findomundo",na categoria 5ª a 8ª série; Escola Municipal Piveni Piassi Moraes, com "Mãos limpas, criança sadia" e "A fuga dos livros", na categoria 1ª a 4ª série; e a Escola Municipal Airton Playsant, com "A chuva colorida" e "O meio ambiente", também na categoria de 1ª a 4ª série.

Hoje, sábado, apresentam-se o Colégio Estadual João XXIII às 14h com "Só depende de você", na categoria Ensino Médio e às 20h o Colégio Marista com "O drama de Alaíde", na mesma categoria. Amanhã, às 14h, tem o Colégio Estadual Rui Barbosa (de Iguatemi) com "A bruxinha que era boa" (5ª a 8ª série) e o Colégio Marista com "Feiurinha" (5ª a 8ª série).

Pretigiem! É de graça. O festival é competitivo e um dos prêmios é escolhido pelo público. A noite de premiação será no dia 23 de outubro, às 20h, no Teatro Calil Haddad. O troféu, que já tem nome (Ipê), será confeccionado pelo talentoso artista plástico Paolo Ridolfi.

O festival é uma iniciativa da Secretaria de Cultura de Maringá, com apoio da Cocamar, da RPC TV Cultura e da Unifamma.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Perfil - Paulo Campagnolo

Texto inédito que fiz para uma revista e não vendi.

Falta de público, de apoio, de local apropriado para continuar acontecendo. Essas são algumas dificuldades que o Projeto Um Outro Olhar já enfrentou ao longo de seus anos de existência. Para que continuar, então? Essa é a pergunta que seu idealizador e coordenador, Paulo Campagnolo, faz a si mesmo todas as semanas, quando precisa escolher o filme que será exibido no sábado seguinte. Como resposta, apenas a sensação de que seu trabalho ainda não está concluído. Nada mais.

O caçula de três irmãos, nascido em Cascavel, é um homem culto que nega com veemência o rótulo de ‘cinéfilo’. “Eu gosto muito de cinema. Não é nem uma paixão, é um grande amor, por que me dá de tudo: me dá soco no estômago, me afaga o ego, me faz chorar, me faz rir. Cinéfilo é aquele que gosta de todo o cinema. Eu não gosto de tudo”, diz. Não lhe peça para escolher um filme ou um diretor favorito. “Posso fazer uma lista de mil”, brinca. No seu acervo pessoal, compra apenas o que mais lhe comove. São cerca de mil livros e 400 filmes, pelos quais até já se endividou.

Seu “outro olhar” começou a se formar ainda na infância. “O cinema se tornou uma fixação para mim desde criança, quando eu fui pela primeira vez ao cinema. Fiquei absolutamente apaixonado aos seis anos de idade, quando vi ‘Era uma vez no oeste’, do Sérgio Leone. Jamais vou esquecer”. Ele conta que passava madrugadas assistindo filmes ou lendo escondido da mãe mas foi o ritual da sala escura, a pipoca e a tela grande que ficaram cativaram. Até hoje, gosta de sentar na primeira fila.

Coroinha até os 17 anos, hoje revela-se ateu. Abandonou o curso de Letras no último semestre. Na faculdade, não tinha amigos por que não fazia concessões. Hoje, de vez em quando até assiste filmes comerciais. “Pra mim é muito simples: cinema é um espelho. Conseqüentemente eu me identifico tanto com o assassino quanto com o herói romântico; tanto com o anti-herói triste, trágico, quanto com aquele que no final de repente consegue alcançar alguma coisa, um alento ou alguma redenção”.

Há nove anos, Um Outro Olhar


A cultura em Maringá é feita por um conjunto de artistas e produtores guerreiros, daquele tipo de gente que faz a diferença no local em que está. Ao contrário de tantos que optam por tentar a vida artística em outras cidades (o que não os desqualifica, de modo algum), aqui estão aqueles que querem transformar seu ambiente.

Assim é Paulo Campagnolo, cinéfilo que leva nas costas o Projeto Um Outro Olhar, espécie de cineclube intelectualizado que só exibe filmes de arte, daqueles que raramente entram nas salas de cinema. O projeto comemorou aniversário no último sábado com um quizz show sobre as pérolas mostradas ao longo destes anos.

Eu estava lá, na primeira sessão. Era "Gritos e sussurros", do Ingmar Bergman. Fiz uma das primeiras matérias sobre o projeto, ainda quando era estudante. Depois fiz outras reportagens e acompanhei diversas fases do projeto: aos sábados de manhã no Aspen Park; no circuito comercial; no Cinesystem Cidade e, por fim, no Auditório Hélio Moreira.

Fui nas Semanas do Cinema Brasileiro, onde vi grandes filmes como "Lavoura Arcaica", "Terra Estrangeira", "Brava gente brasileira" e "Baixio das bestas", entre outros. Admiro a ousadia do Paulo e a sua disposição em superar as dificuldades e continuar nos brindando com esses momentos.

Para quem ainda não conhece, fica a dica: todo sábado, às 20h, no Auditório Hélio Moreira (Prefeitura) tem filme de graça. Só não espere ver nada parecido com o que se faz em Hollywood.

PS: A foto é bemmm antiga, da coluna Supers, do Andye Iore.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Marco Antonio de Almeida e os Solistas de Londrina no Convite à Música

O projeto Convite à Música, realizado pela Secretaria de Cultura de Maringá, terá amanhã o concerto do pianista londrinense Marco Antonio de Almeida, acompanhado da Orquestra de Câmara Solistas de Londrina. O evento é no Auditório Luzamor, às 21h, com entrada franca.

Quem é Marco Antonio de Almeida:

Nascido em Londrina, mas mora na Alemanha. Graduado na Faculdade de Música Mãe de Deus, com pós-graduação na Escola Superior de Música e Teatro de Hamburgo sob a orientação de Yara Bernette. Freqüentou cursos com mestres de renome internacional, como Magda Tagliaferro, Paula Badura Skoda, Christoph Eschenbach, Nikita Magaloff, Elgin Roth, Fausto Zadra e Carlo Zecchi. Além de prêmios nacionais, também foi laureado em concursos internacionais, a exemplo do Concurso de Piano de Covilhâ (Portugal), Concurso de Piano Viotti (Itália) e Concurso de Piano Gina Bachauer (USA). Como intérprete de Mozart tem se apresentado nos mais importantes festivais e gravou em CD o citado compositor com a Orquestra de Câmara Filarmônica de Berlim. Dedica especial atenção à divulgação da música brasileira no exterior, destacando-se a gravação em CD de peças de Ernesto Nazareth na Alemanha e a primeira gravação (após Villa-Lobos) do “Choros Nº 11” para piano e orquestra realizada na Suécia. Acompanhou os Presidentes da Alemanha, Richard von Weizsäcker e Roman Herzog, em viagem cultural ao Canadá (1990) e Brasil (1995), respectivamente. De 1990 a 1994 foi Diretor Artístico do Festival de Música de Londrina, idealizando o Simpósio Paranaense de Educação Musical e introduzindo a música popular no Festival. Professor de várias edições do Festival de Inverno de Campos do Jordão, é Conselheiro da Fundação Mejier-Werner de Caracas (Venezuela) e júri do Concurso Internacional de Piano A. Rubinstein. É membro de Sociedades Alemãs de Música e Medicina, desenvolvendo intenso trabalho na área de prevenção e terapia de enfermidades dos músicos. Desde 1980 é professor catedrático da Escola Superior de Música e Teatro de Hamburgo e em 1996 assumiu a cátedra de Metodologia do Ensino do Piano na Universidade Martin-Luther Halle-Wittenbertg, Alemanha. Desde 2005 é novamente Diretor Artístico do Festival de Música de Londrina.


Quem é Orquestra de Camara Solistas de Londrina (OCSL):

Reunir músicos com qualidades técnica e profissional suficientes para atuar como solistas em concerto, dar-lhe coesão e harmonia e assim criar uma orquestra de câmara. Foi com essa proposta que o búlgaro Evgueni Ratchev idealizou e fundou, com êxito, a Orquestra de Câmara Solistas de Londrina, em 1998.
Em sua trajetória, a orquestra também tem demonstrado uma preocupação com a identidade, não apenas desenvolvendo um trabalho que os identificassem e diferenciassem, mas também incluindo compositores brasileiros em suas apresentações e álbuns, valorizando o fato de ser uma orquestra brasileira. Isso fica bem claro com o lançamento de seu mais novo álbum, intitulado “Série Retratos Brasileiros – Guerra-Peixe”. Trata-se do primeiro disco de uma série que os Solistas de Londrina pretendem lançar, privilegiando compositores nacionais.
A qualidade do grupo foi reconhecida já em seu primeiro CD gravado, Imagens Brasileiras: o disco venceu o Prêmio TIM de Música Brasileira nas categorias Melhor CD Erudito e Melhor Projeto Visual e o Prêmio Saul Trumpet de Melhor CD Erudito, em 2003. Com esse reconhecimento, surgiram também novas oportunidades, como o convite para participar do CD-ROM Álbum de Retratos, desenvolvido pelo Arquivo Histórico do Museu Imperial e a gravação da trilha sonora do desenho animado francês Marsupilami.
Os Solistas de Londrina também foram convidados a realizar o concerto de abertura do 15º Festival Internacional de Música de Inverno de Campos (RJ). Desde 2007 os Solistas de Londrina integra o maior projeto de música erudita do País, na série SESI Música, promovida pela Art Invest, em São Paulo. Nesse mesmo ano, a orquestra recebeu o prêmio estadual no Concurso de Apoio à Circulação de Espetáculos de Música promovido pela Secretaria de Estado da Cultura, possibilitando a apresentação do espetáculo “Música dos Séculos” em 10 cidades do Paraná. Através de um concurso realizado pelo Ministério da Cultura, a OCSL foi agraciada ainda com o Prêmio Apoio a Orquestras/Funarte.
Em 2006, o quinteto de cordas do grupo recebeu apoio da Petrobrás e Funarte para se apresentar em escolas públicas de Londrina e região. E, para 2009, tem agendado um circuito estadual de 10 concertos, através do prêmio conquistado recentemente no Concurso de Apoio à Circulação de Espetáculos de Música, pela Secretaria de Estado da Cultura, além de concertos com a participação de solistas convidados.

Quem é Evgueni Ratchev :

Formado na Academia Superior de Música de Sófia. Finalista do Concurso Internacional de Violino Johann Sebastian Bach, na Alemanha, também foi spalla e solista de uma das mais importantes orquestras de câmara da Bulgária, a “Studio Concertante”. Apresentou-se nos continentes europeu, africano e asiático.

A oportunidade de vir ao Brasil surgiu em 1987, a convite do governo do Pará. Lá, Ratchev criou o Quarteto de Cordas de Belém e a Orquestra de Câmara do Pará, da qual foi spalla e regente. Como maestro convidado e solista, atuou nas orquestras sinfônicas de Belo Horizonte, Brasília e Paraná, além da Orquestra de Câmara Cidade de Curitiba e Orquestra Sinfônica da Universidade Estadual de Londrina (Osuel). Desde 1996 , Ratchev é spalla da OSUEL e além de cuidar da direção musical da Orquestra de Câmara Solistas de Londrina, também se dedica a repassar aos mais jovens um pouco de sua experiência.
Foi docente de violino e música de câmara do curso de Música da Universidade Estadual de Maringá, no Paraná e atualmente é professor titular de violino do curso de Música do Colégio Mãe de Deus, em Londrina. Realiza ainda master classes de violino na University of Missouri-Columbia (EUA), onde também atua como solista e regente em concertos da orquestra filarmônica da instituição e da Missouri Chamber Orchestra.

Orquestra de Câmara Solistas de Londrina
Ios Violinos

Evgueni Ratchev - Spalla e direção musical
Fábio Brucoli
Nikolau Ratchev
Leila Tascheck

IIos Violinos
Afonso de Jesus Mesquita Barros
Matheus Garcia Souza
Bárbara Scarinci

Violas
Jairo Chaves
Natanael Fonseca

Violoncelos
Daniel Lessa
Vanderlei de Oliveira

Contrabaixo
Jorge Luiz Silva

Cravo
Irina Ratcheva

Arquivista

Erna Verônica Vogler Chaves

Produção:Irina Ratcheva

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Cinema de graça na UEM

O cineclube da Universidade Estadual de Maringá está com uma programação super bacana para outubro.

O primeiro filme do mês foi dia 01°, "Alemanha, ano zero" (1948) de Roberto Rossellini. O próximo, no dia 8, será "Viridiana" (1961), de Buñuel, com comentários do professor Claudio Stieltjes (DCS) após a exibição. No dia 15 é feriado e, portanto, não haverá sessão.

Dia 22 tem "Crianças invisíveis" (vários diretores, 2005), com comentários de Amélia Noma e Ângela Lata (DFE) e dia 29 tem "Filhos do paraíso" (Majid Majidi, 1997), com bate-papo comandado por Sheila Rosin (DTP).

Lembrando que as sessões ocorrem toda quinta-feira, no Auditório Ney Marques, às 18h30 e com entrada franca. O projeto é coordenado pela professora Fátima Maria Neves (DFE).

Museu da Bacia do Paraná comemora 30 anos


O Museu da Bacia do Paraná, que fica logo na entrada da Universidade Estadual de Maringá (à margem da Avenida Colombo), está com gás total. Não é para menos: nem todo dia se comemora 30 anos!

A equipe do Museu terá muito trabalho em outubro. Já está em cartaz a exposição "A História de Maringá Contada por seus Traçados e pelas Marcas de sua População", que pode ser vista ou sentida até 30 de novembro. São maquetes geográficas e de marcos culturais da cidade, painéis fotográficos e objetos de trabalhos, que receberam sinalização para deficientes visuais.

"Brincando no Museu" é outra mostra que poderá ser apreciada até 13 de outubro. Os visitantes terão contato com brinquedos montados por alunos de Educação Física, sob coordenação do professor Giuliano Pimentel.

Além destas atividades, o museu também está programando uma exposição em homenagem aos 12 anos da Academia de Letras de Maringá, que poderá ser vista de 17 a 30 de outubro, e o I Congresso Internacional de Museologia, de 21 a 23 de outubro.

Lembrando que o horário de visitação é de segunda a sexta-feira, das 8h às 11h e das 13h às 17h. Escolas e grupos de turistas podem agendar horário, inclusive noturno, pelo fone 3261-4294. A entrada é franca.

Fonte: site da UEM

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

As (boas) surpresas do Convite à Música

Hoje é quinta-feira, dia de Convite à Música. Como não recebi as informações com antecedência, não pude postar sobre a programação. Neste exato momento, o paulista Luciano Souto deve estar dedilhando as cordas do seu violão no Auditório Luzamor.

Luciano é um dos músicos que conheceram a cidade através deste belíssimo projeto da Secretaria de Cultura e acabaram ficando, tornando-se professores do curso de graduação em Música da Universidade Estadual de Maringá. Além dele, a cidade também ganhou Flávio Apro, excelente violonista que é figura constante naquele palco.

Fica a dica: mesmo sem saber a programação, quem gosta de música erudita pode sair de casa toda quinta-feira e ir tranquilo ao Auditório Luzamor, pois certamente irá ver e ouvir um concerto de alta qualidade. E o melhor: de graça! Mas ATENÇÃO! No dia 15 de outubro, o projeto terá uma edição especial e será no Teatro Calil Haddad.

Se em setembro tivemos o imenso prazer de assistir ao vivo o melhor violoncelista do mundo, o pernambucano Antonio Meneses, em outubro teremos uma orquestra austríaca formada só por prefeitos daquele país. Vale conferir.

Mulheres Negras

No dia 03 de outubro acontece em Maringá o V Seminário de Mulheres Negras, promovido pelo Instituto de Mulheres Negras Enedina Alves Marques e pela Secretaria da Mulher. O evento será no Auditório Hélio Moreira, entre 7h30 e 17h.

O V Seminário começa com café da manhã, segue com as formalidades de praxe e tem como uma de suas principais atrações a palestra "Negras e negros no contexto educacional", marcada para começar às 9h. A palestrante é Jeruse Maria Romão (SC), pedagoga e mestre em educação, que tem no currículo a atuação como consultora da Unesco para o Ministério da Educação e a consultoria para a implementação de políticas educacionais com ênfase na temática das relações étnico-raciais.

Às 11h tem debate, seguido de intervalo para o almoço e encerrando a tarde com discussões e apresentação de vídeo. Informações no 3221-1319.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Memorial Kimura




No último dia 21 de setembro Maringá ganhou mais uma instituição museológica. O Memorial Kimura, situado no distrito de Floriano, abriu suas portas para a visitação dos alunos da Escola Municipal Lazara Ribeiro Vilella. Trata-se do projeto "Arqueologia e História no Sítio Kimura: uma exposição da cultura material do acervo da ocupação humana da região de Maringá", que obteve o segundo lugar, na categoria iniciantes, no edital da Lei de Incentivo à Cultura.

O objetivo do projeto é disponibilizar a esses alunos, através de exposição, o acervo reunido ao longo de várias décadas pela família Kimura. São materiais arqueológicos de ocupações pré-históricas da região, edificações e utensílios agrícolas e domésticos do período do café, representativos da colonização “moderna”, empreendida pela Companhia de Terras Norte do Paraná.

Alguns aspectos da presença japonesa no Brasil são retratados com material iconográfico sobre a trajetória dos Kimuras, mostrando a saída da Província de Nagasaki, no sul do Japão, a passagem pelo estado de São Paulo para o trabalho nas fazendas de café e a chegada da família ao Norte do Paraná.

A coordenadora do projeto, minha amiga Rosângela Kimura, sonha em formar “agentes patrimoniais” que atuarão como agentes multiplicadores de ações de proteção e de valorização do patrimônio cultural da região. O projeto pretende, com o apoio da Secretaria de Cultura de Maringá, constituir-se numa experiência piloto de educação patrimonial com ênfase na cultura rural local. Tem tudo para dar certo. O lugar é lindo, aconchegante e muito organizado. Por enquanto, não está oficialmente aberto para a população, mas isso é uma questão de tempo.